Intervenção na Assembleia Municipal (30 de Junho de 2006)

INTERVENÇÃO NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

- 30 de Junho de 2006 -

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal
Senhores Secretários
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal
Senhores Vereadores
Caros Colegas Deputados Municipais
Minhas Senhoras e Meus Senhores

Os incêndios florestais são notícia frequente, todos os Verões, no nosso país. São centenas de fogos que surgem um pouco por todo o país, mobilizando simultaneamente bombeiros, jornalistas e políticos.
As câmaras municipais, as associações de produtores agrícolas e florestais, as áreas protegidas e os bombeiros estão, por isso, constantemente a aperfeiçoar a sua capacidade de prevenção e combate aos fogos, que hoje é certamente melhor do que há alguns anos atrás. Aliás, prevê-se que os incêndios se venham a tornar ainda mais problemáticos, caso se confirmem os cenários de subida da temperatura global, nas próximas décadas.
Relativamente às hipotéticas soluções para tentar combater os problemas e a dimensão dos incêndios, apresento algumas, que embora sejam já comuns nos discursos teóricos, não têm ainda uma aplicação prática eficaz.
A primeira, diz respeito à elaboração e divulgação de campanhas de prevenção e combate aos fogos florestais. Isto justifica-se pela necessidade e pelo desejo de criar uma maior consciência ambientalista no seio da sociedade comum, no sentido de diminuir os fogos de forma criminosa, e de promover um maior respeito pelo meio ambiente, protegendo-o dos diversos abusos de que é alvo.
Outra das propostas, baseia-se no exemplo sueco, e consiste numa política de reflorestação segundo o lema: Um cidadão, uma árvore. Assim, cada cidadão deveria plantar uma árvore e ser responsável pelo seu crescimento.
Por fim, seria também fundamental a elaboração e o desenvolvimento de estudos que contribuam para o ordenamento florestal do território e que criem um índice integrado de risco de incêndio florestal.
Em minha opinião, a primeira e segunda solução só não dá frutos porque não existem politicas camarárias nesse sentido.
Assim, a JSD de Ponte de Lima sempre foi a favor da auscultação e da participação dos jovens limianos na construção de um Concelho cada vez mais desenvolvido. Torna-se fundamental dotar as políticas camarárias de uma abertura ao seu exterior, dado que os Jovens Limianos apresentam grandes potencialidades, ideias e vontade para participar no seu desenvolvimento.
Neste Verão, e como têm vindo a acontecer em anos transactos, o Instituto Português da Juventude lança para o terreno um Programa de Voluntariado que consiste na prevenção e na detecção por parte de jovens de possíveis focos de incêndio.
Contudo, fiquei triste e desapontado por ver que dos dez municípios do distrito de Viana de Castelo, o Município de Ponte de Lima é o único concelho que não se candidatou a este Programa Voluntariado Jovem promovido pelo Instituto Português da Juventude.
- Porquê?
- Quais as razões?
Não vislumbro nenhum inconveniente pelos nossos jovens participarem na defesa da nossa floresta.
Através deste programa, está a ser possível colocar no terreno 400 jovens por todo o distrito a prevenir e a detectar possíveis focos de incêndio.
Para terminar, posso referir que são iniciativas deste tipo que tornam possível a ligação dos jovens ao seu concelho, através de uma ocupação dos seus tempos livres de forma mais sadia, pois defender a Floresta é educar os jovens para o Futuro, pois o que mais nos falta é uma Educação para a Cidadania capaz de obter resultados práticos.

O Deputado Municipal eleito pelo PSD
Jorge Filipe Martins Lima